O Caso do Átomo Z

A Grant White Way, nas proximidades da Times Square, estava sofrendo uma grande reforma. Uma das mais recentes e arrojadas construções era a Allied Chemical Tower. Às três horas da tarde daquela quinta-feira, um homem de meia-idade saiu de um arranha-céu, em frente à Allied Chemical Tower, e caminhou até à beira da calçada, em busca de um táxi. Era um velhote magro, simpático, metido num terno gelo, a barba branca longa sob o pingente de ouro. Na mão direita, trazia uma volumosa pasta de couro, presa ao pulso por uma corrente de aço. O velhote acenou para um táxi e não foi atendido. Outro homem, mais moço observava os seus movimentos, encostado à parede do prédio do qual ele acabava de sair. Súbito, surgiu um Cadillac preto e freou junto ao meio-fio. — Professor Igor Khatamansky? — perguntou uma voz de homem, vinda do interior do veículo. O velhote sorriu, ao reconhecer o acento eslavo. — Da! Estive no laboratório e volto, agora, para casa. — Entre. Terei prazer em levá-lo.