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Templos da Alegria

Sinopse

No Amethyst, Freddie Bassett, o chefe dos barmen, ofereceu a Nellie outro ramo de flores enorme. – Bem-vinda a casa, Sra. Coker – disse. Não a tratava por «Nellie», nunca se rebaixava ao ponto de ser menos do que formal com a família. Tinha os seus padrões. Aprendera a profissão no Ritz, antes de perder o lugar devido a um infeliz incidente que envolvera duas empregadas de quarto e um armário de roupa de cama. «Pode imaginar o resto», dissera a Nellie quando se candidatara a um emprego no Amethyst. «Prefiro não o fazer», fora a resposta dela. Nellie não gostava de flores, por as considerar demasiado carentes. Em sua opinião, deviam reservar-se para casamentos e funerais, mas não para o seu, muito obrigada. Nellie gostaria de deixar o mundo não embelezado, como entrara nele, nem sequer com um malmequer. Em vez de flores, preferia que lhe dessem uma caixa de bolos da Maison Bertaux, ali perto, na Greek Street – éclairs de chocolate ou babas au rhum, de preferência ambos. Era uma tremenda gulosa, hábito adquirido com as ameixas e as bolas de caramelo, em calda, da sua infância escocesa. A comida tinha sido a pior coisa na prisão. As filhas levavam-lhe doces em calda nos dias de visita a Holloway. Nellie tivera muitas ideias sobre a reforma da prisão durante o cumprimento da pena, e no topo da lista encontravam-se dois cêntimos de guloseimas por semana – marshmallows e gelado de coco, de preferência.

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