O Solista

Cretense era um assassino profissional, carasco de organizações terroristas de diversos países, impecavelmente eficiente na execução de suas vítimas, não fazendo distinção entre a direita e a esquerda. Seus crimes acontecem em Paris, Londres, Rio, Nova York, em cidades do mundo inteiro. E só se sabia a seu respeito que falava grego com sotaque da Ilha de Greta, exercia um fascínio irresistível sobre as mulheres e matava apenas as vítimas visadas, poupando a vida de outras pessoas que por acaso estivessem no local. John Mikali era um pianista, de fama internacional, quase um herói nacional da Grécia, solitário, profundamente devotado a música. As 18 anos, ingressara na Legião Estrangeira da França, lutando na Argélia durante dois anos e conquistando diversas medalhas por bravura. Asa Morgan era coronel do exécito britânico, divorciado, especialista na repressão a guerrilhas urbanas. Durante a guerra da Coréia, caíra prisioneiro dos chineses, guando fora submetido a todas as torturas. Mais tarde, reprimindo movimentos subversivos em Adem, Malásia, Chipre e Irlanda, aplicara tudo o que aprendera com os chineses. Katherine Riley era americana da Califórnia, filha de um irlandês, roteirista de cinema, que fora perseguido pelo Senador McCarthy por suas opiniões políticas. Formada em psicologia, foi trabalhar na Inglaterra, sendo encarregada de examinar uma jovem alemã chamada Lieselot Hoffmann, que pertencera ao grupo terrorista Baader- Meinhoff e ajudara o Cretense a matar um ministroda Alemanha Oriental.