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Ensaio Sobre Teoria da História Em Marx

Sinopse

Com grande erudição e, ao mesmo tempo, capacidade de síntese, Jean Menezes nos propõe uma reflexão sobre a relação entra a obra de Marx e a história do tempo presente, que significa também uma reflexão acerca da teoria histórica de Marx. Pois a obra de Marx, bem conhecida como “crítica da economia política”, e vinculada, depois da sua morte, em especial no século XX, aos mais diversos campos da atividade intelectual, é, antes do mais e como seu fundamento, uma teoria da história. Com a evidenciação das contradições da sociedade burguesa e a atividade de uma nova classe social, a classe operária industrial, no cenário histórico, os aspectos críticos e materialistas da filosofia e da teoria social, que tinham um caráter fragmentado e empírico, atingiram estatuto teórico. A crítica geral das sociedades de classe não podia ser formulada senão numa época de desenvolvimento adulto da sociedade capitalista: somente nas condições próprias a uma época histórica onde, de um lado, a produção material tinha sido amplamente socializada (“a época que criou o individualismo como ideologia é, na verdade, precisamente aquela em que as relações sociais atingiram seu maior desenvolvimento”), e onde, por outro lado, a esfera da produção material fora completamente separada das outras esferas da vida social, as relações sociais originadas na produção material e a conexão entre essas relações e as condições políticas, jurídicas e ideológicas, podiam transformar-se em objeto de uma análise crítica. Seu núcleo epistemológico se constituiu a partir da premissa de que os homens produzem a si mesmos à medida que produzem socialmente as condições de suas vidas. A expressão “materialismo histórico” nunca apareceu na obra de Marx; só veio a ser usada por Engels quando a nova teoria começou a ganhar destaque.