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Os Deuses Pré-Olímpicos

Sinopse

Até onde se sabe, a região hoje conhecida como Grécia foi primeiramente ocupada no fim da Idade da Pedra (4500-2600 A.C.) por povos de origem desconhecida. Construíram cidades e eram governados por monarcas, mas a base da economia era agrícola e pecuarista. Naturalmente, a divindade principal era a Deusa Mãe ou Mãe Terra, comum a muitos povos antigos dedicados à agricultura que veneravam a própria terra e representavam a divindade em estatuetas de barro com formas femininas. Na Idade do Bronze Antigo (2600-1950 A.C.), uma nova invasão de povos vindos da Anatólia, Ásia Menor, ampliou a civilização que então se formava. Palavras como “corinto”, “jacinto” e “narciso”, por exemplo, têm origem na língua da Anatólia. Eram, igualmente, governados por monarcas e já possuíam o hábito de construir tumbas aos mortos e dedicar-lhes oferendas. A divindade principal continuava sendo a Deusa Mãe. Durante o Bronze Médio (1950-1580 A.C.), chegaram os povos indo-europeus. Os indo-europeus, originalmente estabelecidos na Ásia, passaram por um processo de fragmentação, surgindo grupos com línguas e cultura diferenciadas, como os armênios, tocarianos, bálticos, indo-iranianos, hititas, eslavos, albaneses, celtas, itálicos, germânicos e gregos. Os grupos originados do indo-europeu também se fragmentaram em subgrupos. Assim, os itálicos dividiram-se em latinos, oscos e umbros; e os gregos em jônios, aqueus, eólios e dórios. Os indo-europeus possuíam a noção de um Deus supremo masculino, identificado com os céus, daí o radical deiwos (usado para designar o céu) ser o mesmo que originou o latim deus, o sânscrito deva, o iraniano div e o germânico tivar, bem como o grego Zeus. Com a fusão dos gregos e os antigos habitantes da Grécia, também a mitologia enriqueceu-se, adotando divindades masculinas e femininas como Zeus e Gaia, ou seja, o Deus dos céus e a Mãe Terra.