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O que Desejamos Fazer do Espiritismo
- Herminio C. Miranda
- 32 Páginas
Sinopse
O lançamento de uma nova tradução dos livros da codificação enseja releituras não apenas nos textos, mas em nossas próprias ideias, mesmo porque as obras relançadas costumam trazer prefácios ou apresentações e enriquecedoras notas de rodapé. Mais importante que isso, no entanto, é a oportunidade para um respeitoso reexame na metodologia, na seriedade e na competência que Alan Kardec imprimiu ao seu trabalho. Convidado para escrever esta reapresentação,1 empreendi uma viagem de volta a antigas reflexões que me levaram a retraçar os passos do codificador na elaboração da doutrina e como ele próprio situou-se diante dela. 1 Texto escrito originalmente para prefaciar tradução de O livro dos espíritos feita por Sandra Regina Keppler e publicada pela editora Mundo Maior. Foi, aliás, com esse objetivo que escrevi em 1972 o artigo intitulado “A obra de Kardec e Kardec diante da obra”, publicado em Reformador de março daquele ano e posteriormente incluído no livro Nas fronteiras do além (editora FEB). Entendia eu, e ainda assim penso, que não apenas a obra do codificador é importante, mas também as posturas que ele assumiu diante dela. Ao primeiro volume deu o título singelo e significativo de O livro dos espíritos, colocando-se na modesta posição de discreto organizador. Mas não era só isso que me interessava. Eu desejava saber como ele resolvera a delicada questão de formatar uma doutrina essencialmente evolutiva; atenta às imposições do processo de expansão do conhecimento, e, ao mesmo tempo, estabilizada em bases sólidas insuscetíveis de desgaste e obsolescência. Em outras palavras: o que fez ele para identificar e separar com nitidez o que teria de ser permanente, nuclear,