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Depois da Teoria
- Terry Eagleton
- 350 Páginas
Sinopse
Estruturalismo, marxismo, pós-estruturalismo e similares não são mais os assuntos excitantes de antes. Em vez disso, o que instiga é o sexo. Estudantes de classe média e fala mansa amontoam-se nas bibliotecas ou congestionam o tráfego na Web para pesquisar temas sensacionalistas como vampirismo, pornografia infantil, clonagem, séries de canais a cabo. As fronteiras entre baixa e alta cultura deixaram de ser vigiadas e as barreiras foram desfeitas. A idade de ouro da teoria cultural há muito já passou. Em DEPOIS DA TEORIA, Terry Eagleton — considerado um dos maiores intelectuais de esquerda da atualidade — oferece uma avaliação franca das perdas e ganhos da teoria cultural, rebatendo muitas das críticas comuns contra ela, mas também reivindicando que foi evasiva ou ineficiente a respeito de diversas questões vitais. Rastreando sua ascensão e queda desde a década de 1960 até os anos 1990, o autor explora os fatores culturais e políticos que a produziram. Eagleton revisita os trabalhos pioneiros de Lacan, Lévi-Strauss, Barthes e Foucault. Os inovadores escritos iniciais de Kristeva, Derrida, Jameson. Como estes trouxeram para o centro do debate as questões de gênero, poder, sexualidade e etnicidade até então jamais abordadas. Alguns deles foram derrubados. O destino empurrou Roland Barthes para baixo de uma caminhonete e afligiu Michel Foucault com Aids. Despachou Lacan. Mas muitas de suas idéias continuam a ter valor incomparável. DEPOIS DA TEORIA mostra como as gerações que se seguiram a essas figuras inovadoras desenvolveram esses conceitos, aumentando-os, criticando-os e aplicando-os. Mas chegaram sem um corpo de idéias próprias sequer comparável. Com o humor e a verve que lhe são característicos, Eagleton analisa a continuidade harmônica criada entre o intelecto e a vida cotidiana. Hoje, é possível se estudar qualquer coisa à sua volta, mas daí a pergunta: que tipo de pensamento novo a urgente e calamitosa situação global exige? A resposta, em face da nova narrativa do capitalismo, parece sugerir a morte do pós-modernismo.