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Clássicos do Horror 03: Contos de Terror Tumular

Sinopse

Contos de terror tumular"A morta" (Guy de Maupassant), "A tumba" (Guy de Maupassant), "Lilith" (Marcel Schwob), "A ressuscitada" (Emilia Pardo Bazán) e "Um habitante de Carcosa" (Ambrose Bierce). Tradução: Paulo Soriano e outro. Os túmulos sempre exerceram imenso fascínio sobre as mentes excitadas. Sobretudo quanto revisitados. No conto “A morta”, de Maupassant, a aguda crítica social — na qual a hipocrisia humana é o alvo — está inscrita nas lápides de um cemitério secular, para onde acorreu um amante desesperado, em visita ao túmulo de uma jovem mulher. Lá, numa noite de delírio, os mortos se erguem de suas tumbas e alteram, com a força pestilenta e cruel da verdade restabelecida, as inscrições lisonjeiras de seus epitáfios. Em “A tumba”, do mesmo autor, voltamos a encontrar um amante — desta feita um jovem e talentoso advogado — que regressa, em desvario, e com o coração cruelmente destroçado, ao sepulcro do ente que desesperadamente amava. Naquela tumba sombria, ei-lo flagrado num hediondo ato de profanação. Preso, é submetido a um rumoroso e tumultuado julgamento. Atuando em causa própria, realiza uma comovente defesa, que é antes uma confissão de loucura e de dor. A gótica tradição prossegue em “Lilith”, do escritor francês Marcel Schwob. Desta feita, um escritor e pintor pré-rafaelita viola o túmulo de sua amada em busca de um tesouro literário. A senhora Dorotea de Guevara morrera e fora sepultada. Mas despertou na câmara ardente. Procurou, então, sair do ataúde e receber o abraço caloroso de marido e filhos. Caloroso? É com graciosa ironia que, em “A ressuscitada”, a autora galega de expressão castelhana Emilia Pardo Bazán aborda o tema do sepultamento prematuro, inaugurado por Edgar Allan Pöe. Um homem está perdido em um antigo e lúgubre cemitério. Vaga por entre túmulos ancestrais e aos poucos sente que a lucidez o abandona... Finalmente, diante dos seus olhos, exsurge uma terrível revelação. “Um habitante de Carcosa” é um clássico de Ambrose Bierce, que inspirou uma miríade de escritores, entre estes Robert W. Chanbers n’”O Rei de amarelo”, e H. P. Lovecraft em sua mitologia de Cthulhu.