Cannabis Medicinal

Gostaria de expressar meu sincero agradecimento a Tereza Raquel, Ligia Venute, Alessandra Crivoi Cesar, Aline Coelho, Viviane Carcavallo, Rafaella Xavier, Elenice Andrade, Daniel Ribeiro e ao orientador Prof. Dr. José Ronaldo dos Santos, do curso de pós-graduação em Neurociências da UNIFESP, por me convidarem para escrever este prefácio. Este livro, fruto de um trabalho de conclusão de curso, é uma grande honra para mim. A UNIFESP desempenhou um papel fundamental em minha trajetória na defesa do uso terapêutico da Cannabis, sob a liderança do estimado Prof. Dr. Elisaldo Carlini, conhecido como o pai da maconha medicinal no Brasil e nosso eterno diretor científico da Cultive. Com este livro, vocês propõem a disseminação da informação, reafirmando o compromisso com os direitos humanos, pois esta causa é um Direito Humano, garantido pela constituição, que por mais de um século nos foi negado. Com isso, vocês se juntam a todos que estão dando continuidade ao legado deixado pelo nosso querido Prof. Dr. Elisaldo Carlini. Até os últimos dias de sua missão aqui na Terra, eu fui uma das pessoas que ele chamava para reuniões dentro de um quarto de hospital, ainda enfermo, para discutirmos projetos de pesquisa sobre a maconha na Síndrome de Dravet. Ele era incansável, e isso me emociona profundamente. Tenho uma honra e um carinho imensos por esses momentos tão preciosos. Sua morte foi uma perda irreparável para o mundo. Foi em 2013 que entrei na causa da maconha impulsionada pela mais profunda dor, a de ver minha filha Clárian sofrendo intensamente com os efeitos devastadores da Síndrome de Dravet, uma forma grave de epilepsia com risco de morte súbita. Isso nos levou, a mim, ao Fabio, meu marido, e a meu filho Evandro, a correr contra o tempo em busca de alguma substância ou tratamento que pudesse tirá-la desse risco.