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Que Bobagem!

Sinopse

O mundo em que vivemos é este onde os emblemas e as credenciais da ciência são altamente valorizados: na maioria dos debates, da mesa do bar ao plenário do Congresso Nacional, ter a ciência ao seu lado é quase sinônimo de “estar certo”. Não é por outro motivo que existe tanto autor de autoajuda que busca legitimar-se colando iniciais como “PhD” ou “MD”, sugestivas de respeitabilidade científica, na capa de seus livros. Dizer-se “científico” é reivindicar atenção, prestígio, um espaço privilegiado na mídia e no olhar do poder público. Como tudo que é muito valorizado, no entanto, a ciência também é alvo de falsificação. O prestígio a que a ciência faz jus vem de sua atitude fundamental de respeito pela totalidade da evidência – principalmente, pela parte que contradiz aquilo em que gostaríamos de acreditar – e de abertura à revisão crítica.1 Isso significa que, antes de pronunciar um resultado, o cientista deve levar em conta todos os dados relevantes para a questão que busca responder, não apenas aqueles que se conformam a sua hipótese ou que adulam seus preconceitos.