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Amor, o Próprio

Sinopse

Muitos anos atrás, ouvi uma frase que marcou o meu corpo de um jeito que nunca mais esqueci. Dizia assim: “Há uma rachadura em tudo. É assim que a luz entra”. É de um poeta chamado Leonard Cohen. Acho esse pensamento preciso e real na mesma medida. É necessário se deixar rachar para que novas ideias, novas experiências, novas compreensões de si e do outro se instalem. É assim com quase tudo. Mas, preciso confessar, nunca tinha pensado que era assim com o amor também. Até que comecei a ler este livro. Enquanto virava as páginas, reconheci a trajetória de mulheres que não conheci. E, ao mesmo tempo, conheci tão bem. Vi o rosto da minha vizinha, da minha colega de curso, da minha avó, da moça que esperava o ônibus, dia desses, ao meu lado. Vi todas as pessoas que um dia foram ensinadas que o amor é algo parecido com performance, imposição, violência, susto, medo, obrigação. Algo que você faz para o outro, como uma prestação de serviço. E não algo que você faz e nutre a si também. Em cada uma destas crônicas e poesias, reconheci o que Sofia Menegon nos dá de presente (e de melhor): a oportunidade de deixar essa ideia universal de amor – que nada se parece com ele – se quebrar.