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1930: Águas da Revolução

Sinopse

A Revolução de 1930, liderada pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado que depôs o presidente da república Washington Luís ― impedindo a posse do candidato eleito Júlio Prestes, e levando Getúlio Vargas ao poder ― foi, para muitos historiadores, o movimento mais importante da história do Brasil do século XX ― a revolução que pôs fim ao domínio das oligarquias no cenário político nacional e à República Velha. Se toda guerra é uma guerra de versões, a Revolução de 1930 não é diferente. Neste romance sobre as conspirações, fatos e causas do movimento, o professor, escritor e jornalista Juremir Machado da Silva dá voz de um de seus soldados, Gabriel d’Ávila Flores, de 98 anos, que costura, com suas memórias, todas as outras. Entre intrigas de tenentes, estratégias políticas, a vida de Gabriel aparece nas pequenas coisas: a paixão por uma artista de circo, o sonho de entrar para o Colégio Militar de Porto Alegre, a carreira no Exército. Gabriel lutou em 1930 ao lado dos legalistas, contra os revolucionários de Getúlio Vargas. Em 1932, engrossou as colunas do Exército de Getúlio contra os paulistas. Lutou, viu o Estado Novo chegar e a volta da democracia. Viu Getúlio retornar ao poder e a comoção provocada por seu suicídio. Ele é o guia em uma era de convulsões políticas. Um tempo de homens quase quixotescos, superando obstáculos apenas com coragem e ousadia. Juremir Machado revela aqui a revolução dentro da revolução. Uma revolução inesperada e secreta. A revolução de Getúlio Vargas dentro da Revolução de 1930. A revolução social dentro da revolução dos conservadores. A revolução que levaria à contrarrevolução e que entraria para a história. O levante do Forte de Copacabana ― derrota que seria o estopim da vitória que viria oito anos depois, sob a liderança de Getúlio ―, a relação do estadista com seus aliados, as ideias que agradaram e desagradaram a todos... Juremir analisa todos os aspectos de um episódio repleto de consequências para a configuração do Brasil contemporâneo. Uma revolução que, nas palavras de seus próprios articuladores, não foi boa nem má. Mas indispensável e, como tal, invencível.